A coleta e armazenamento de células-tronco já é bastante conhecida por famílias do Brasil inteiro, principalmente por quem já está preservando esse tesouro valioso presente em nosso corpo. Entretanto, boa parte das pessoas ainda não conhece sobre o armazenamento. Além disso, algumas ainda acham o assunto complicado, até mesmo futurístico, e acabam não se aprofundando para entender os benefícios para a saúde de toda família. Pensando nisso, hoje vamos fazer um “resumão”, e explicar tudo sobre o armazenamento e coleta de células-tronco. Segue com a gente!
Por que coletar e armazenar células-tronco?
O principal motivo para coletar e armazenar células-tronco é a prevenção e planejamento com a saúde. A criopreservação, método de congelar materiais biológicos por muitas décadas, permite que a idade das células fique paralisada.
Isso significa que, enquanto nosso corpo envelhece, as células-tronco congeladas ficam com a mesma idade que tínhamos quando coletamos. É como parar no tempo.
Portanto, o armazenamento é como um investimento: a cada dia que passa, se torna mais valioso para o beneficiário.
Isso é valioso por dois motivos:
Primeiramente, estamos vivendo mais, chegando cada vez mais perto dos 100 anos de idade. E isso está fazendo as doenças do envelhecimento e desgastes do organismo serem mais comuns.
Estamos falando de Alzheimer, artrite e artrose, diabetes, doenças cardíacas, cânceres, e outras doenças relacionadas ao envelhecimento e mal funcionamento das células do corpo. Além do mais, muitas dessas doenças são hereditárias, portanto mais fáceis de serem prevenidas. Nesse cenário, ter suas células jovens preservadas é extremamente vantajoso, podendo as utilizar como “peças de reposição” do organismo, substituindo células que já não estão funcionando corretamente em determinado momento da vida.
Em adição, as células-tronco mesenquimais, quando preservadas e já prontas para terapias, podem auxiliar em tratamentos de emergência, como lesões na medula espinhal, queimaduras ou fraturas. Por sua capacidade anti-inflamatória e de induzir a regeneração das células vizinhas, elas podem ajudar a regenerar células perdidas por conta de um acidente, auxiliando no tratamento em casos graves.
Como é feita a coleta e o armazenamento de células-tronco?
A coleta de células-tronco mesenquimais é feita em dentistas e médicos treinados pela R-Crio no Brasil inteiro.
Os profissionais coletores são responsáveis por coletar o material biológico e inserir no meio de cultura, um tubinho que a R-Crio envia aos profissionais antes do dia da coleta.
A R-Crio coleta células-tronco de quatro fontes diferentes, assim permitindo que a família inteira possa ter essa oportunidade para a vida.
Dente de leite e Dente do siso.
Para as coletas de polpa dentária (dente do siso e dente de leite), a R-Crio faz duas consultas. Primeiramente, fazemos uma consulta de avaliação. Nessa consulta o dentista credenciado irá conferir a saúde bucal, analisar uma radiografia do cliente, e eleger o melhor dente para coletar. Essa análise é passada para o time técnico da R-Crio avaliar e autorizar a coleta.
Com a autorização, o cliente irá agendar uma nova consulta ao dentista credenciado para coletar o dente. Nesse dia, a R-Crio já terá enviado o Kit de Coleta para a clínica.
Periósteo do Palato (céu da boca).
Uma fonte de coleta novidade e exclusiva da R-Crio.
O periósteo do palato é uma parte do nosso céu da boca, e possui células-tronco mesenquimais também. A coleta é feita com um bisturi de ponta circular, como uma “canetinha”, sendo uma incisão de somente 3mm.
O interessante dessa fonte de coleta é que, por sua simplicidade, pode-se coletar de pré-adolescentes, adultos e idosos. Após a coleta não há suturas ou algo do tipo. Na realidade, o local parecerá uma afta, mas geralmente sem dor por não haver inflamação no local. Em uma semana, em média, a área está completamente regenerada.
Outra vantagem dessa fonte é não haver cirurgia, como existe no caso da coleta do dente do siso. O procedimento é minimamente invasivo, feito em poucos minutos, e há poucos cuidados no pós-operatório.
Tecido adiposo (gordura)
Diferentemente das outras fontes, a coleta de células-tronco mesenquimais pelo tecido adiposo é restrita à coletores médicos, especialmente cirurgiões plásticos. Isso porque o procedimento de coleta ocorre no momento da cirurgia de lipoaspiração, ou outro procedimento onde há a extração de tecido adiposo.
Nesse caso, ao invés de descartar o tecido adiposo, o médico armazena entre 20 e 120ml de gordura no Kit de Coleta da R-Crio, e nossa logística faz a retirada logo após o procedimento.
A maior vantagem dessa fonte de coleta é que não muda absolutamente nada para o paciente no momento da coleta, uma vez que ele já está passando pelo procedimento cirúrgico. A única diferença é que o tecido adiposo lipoaspirado será armazenado e levado ao laboratório da R-Crio para extração de células-tronco.
O que acontece depois da coleta?
Após a coleta, independente da fonte de coleta, o material é conduzido ao laboratório da R-Crio.
Ao chegar na R-Crio, primeiro fazemos a recepção da amostra. Nessa etapa conferimos a integridade do Kit de Coleta, qualidade do material recebido e temperatura e tempo de transporte do Kit de Coleta. Com tudo aprovado, a amostra entra no laboratório.
Já dentro do laboratório, fazemos primeiro o processamento das células-tronco. Inicialmente extraímos as células-tronco da amostra, e depois multiplicamos as células até chegarmos à milhões! Em seguida, esse volume de células é separado em duas partes: uma é criopreservada em quarentena, e outra é levada aos ensaios de qualidade.
Os ensaios de qualidade garantem a viabilidade das células-tronco para terapias celulares. Nós avaliamos a esterilidade (limpeza) das células-tronco e conferimos se as células-tronco estão preservadas a ponto de se transformarem em outros tipos de células. Com isso verificado, a amostra criopreservada em quarentena passa a ser criopreservada definitivamente.
Nesse momento o laboratório emite para o beneficiário o Certificado de Criopreservação, um documento em papel moeda declarando todos ensaios de qualidade realizados, quantidade de células-tronco armazenadas e também contendo a assinatura do José Ricardo Muniz Ferreira, fundador da R-Crio.
Como as células-tronco são usadas na saúde?
Principalmente, as células-tronco podem ser usadas na saúde de duas formas: para promover a regeneração e para controlar a inflamação do organismo.
Falando em regeneração, as células-tronco mesenquimais podem formar novas células de tecidos sólidos do organismo, como osso, neurônios (tecido nervoso), cartilagem, vasos sanguíneos, pele, músculos e células de órgãos. As células formadas a partir delas terão a mesma idade das células criopreservadas. Portanto, se o beneficiário armazenou com 10 anos de idade, ele sempre poderá gerar suas próprias células de 10 anos de idade, conforme a necessidade.
Falando em inflamação, as células-tronco também podem controlar a resposta inflamatória do organismo. Inclusive, elas também possuem uma atração natural por ambiente inflamado. Isso faz com que elas sejam consideradas um anti-inflamatório natural do corpo, e podem ajudar tratar diferentes doenças e condições em que a inflamação é um agravante, como a Covid-19 ou lesões de joelho (veja sobre células-tronco na medicina do esporte).
Existem tratamentos com células-tronco no Brasil?
O Brasil nunca esteve tão avançado em relação ao uso de células-tronco. Hoje nosso país está no mesmo patamar que países desenvolvidos e que já possuem as terapias celulares, como EUA, Japão, Coréia do Sul, Canadá e alguns da Europa, como Itália e Alemanha.
Isso porque em 2020 a Anvisa publicou uma resolução autorizando terapias celulares avançadas (entenda aqui) no Brasil. Ela se baseou nas resoluções desses países mencionados, e nivelou por cima a legislação.
Essa publicação trouxe as regras para registro e comercialização de terapias celulares avançadas no Brasil, fazendo com que pesquisadores e empresas de pesquisa pudessem registrar seus tratamentos. Isso impulsionou todo o mercado, trazendo também o interesse de farmacêuticas nessa área, por exemplo a Bayer e a Novartis.
Atualmente, nenhuma terapia celular avançada está registrada no Brasil, limitando o uso à ensaios clínicos ou casos sem alternativa terapêutica com risco de morte. Fora do Brasil existem cerca de 60 tratamentos considerados terapias celulares autorizados para comercialização (veja alguns aqui).
Qual profissional pode utilizar células-tronco para terapias?
Profissionais de saúde, como médicos e dentistas, podem fazer uso das células para terapias. Porém, é importante que conheçam a resolução 505/2021 da Anvisa, a qual explica sobre registro das terapias e em quais situações extraordinárias se pode fazer uso das células-tronco.
O profissional de saúde é responsável por solicitar o material com a R-Crio, e comunicar à Anvisa sobre o uso, seja como pesquisa ou como terapia.
Por isso é bastante importante que os profissionais de saúde conheçam e se envolvam no tema, uma vez que seu paciente pode ter uma solução de tratamento dentro de seu próprio corpo.
Armazene células-tronco com a R-Crio!
Em suma, o armazenamento de células-tronco é uma forma moderna de preservar sua saúde para uma vida mais longa e com mais qualidade. Pode-se assemelhar à um plano de saúde ou um investimento, sendo um serviço que não temos a intenção de utilizar, mas, eventualmente, vamos precisar, seja para algo simples ou mesmo para algo grave.
A medicina no mundo todo tem como desafio tratar doenças ainda consideradas incuráveis. Para muitas delas, somente há soluções paliativas, como a diabetes, Alzheimer ou artrite e artrose. Ainda não existe uma solução definitiva que ajude a retroceder – ou curar – a doença. Sendo assim, há uma tendência da medicina em voltar para suas origens na biologia, e se distanciar um pouco da química.
Essa nova fase da medicina será daqueles pacientes que se precaveram, e guardaram suas células-tronco o quanto antes, garantindo a melhor matéria-prima para sua saúde: suas próprias células-tronco jovens criopreservadas.