O que é, como funciona e onde fazer a coleta
Já faz alguns anos que acompanhamos os avanços da medicina com o uso de células-tronco. Mas o que poucas pessoas sabem é que essas técnicas estão mais perto da nossa realidade do que imaginamos. E isso é possível graças à coleta de células-tronco, por exemplo, presentes no dentinho de leite das crianças. Neste texto, você vai entender porque e como esse processo pode ser tão importante para saúde do seu filho! Vamos lá?
Estamos vivendo mais, mas com qual qualidade?
Em média, estamos vivendo 20 anos a mais do que a população nos anos 50. Muito do significativo aumento da expectativa de vida se deve à descoberta de medicamentos e introdução de medidas de saneamento básico. As doenças infectocontagiosas foram vencidas com a vinda de antibióticos, controles de pragas e o conceito da higiene básica.
Em consequência do aumento da expectativa de vida, as chamadas doenças crônicas-degenerativas passaram a ter maior impacto nas causas de mortes. Doenças cardíacas, cânceres, diabetes e doenças pulmonares lideram essa lista.
Muitas dessas doenças são causadas pelo envelhecimento do corpo. Naturalmente, ao longo da vida, as células do corpo humano envelhecem, causando consequências inevitáveis para nossa saúde: neurônios se comunicam mais lentamente, a pele fica mais flácida, ossos ficam mais fracos e células passam a não funcionar direito, como no caso do câncer ou da diabetes.
Armazenar células-tronco ‘paralisa’ a idade das células
A coleta e armazenamento de células-tronco é uma forma de “driblar” o envelhecimento do organismo. Basicamente, coletar e congelar células-tronco permite que as crianças e adultos paralisem a idade de suas células. Dessa forma, o indivíduo sempre terá células-tronco da idade com que foram coletadas.
Imagine só! Uma criança coletar células-tronco com 7 anos de idade, e usar essa mesma célula jovem, saudável e cheio de potencial regenerativo para um tratamentos quando tiver 70 anos. As células-tronco serão transformadas em outras células do corpo, e darão origem à células tão jovens quanto ela. Nesse caso, as células formadas por meio das células-tronco também terão a idade da pessoa no momento da coleta.
O que são células-tronco?
Células-tronco são células “curingas” do corpo. Em especial, as células-tronco do dentinho de leite, dente do siso, tecido adiposo e céu da boca são chamadas de “células-tronco mesenquimais”. Essas células-tronco são responsáveis por formar os tecidos sólidos do organismo. Alguns deles são: ossos, músculos, pele, cartilagem, neurônios (tecido nervoso), vasos sanguíneos, células do coração, fígado, rim, pâncreas (produtoras de insulina), entre muitos outros tipos.
O que é a coleta de células-tronco do dente?
As células-tronco são aquelas com alto potencial regenerativo. Elas têm a capacidade de se multiplicarem, de se diferenciarem em outros tipos celulares e de estimularem a regeneração dos tecidos. Mas elas não são todas iguais e podem ser encontradas em diferentes partes do corpo. A polpa dos dentinhos de leite das crianças é um dos esconderijos desse tesouro!
A coleta de células-tronco do dente é o processo de tirar de dentro da polpa dental essas células tão especiais, as quais serão isoladas, multiplicadas, testadas e armazenadas em condições específicas. Isso deve ser feito por profissionais super qualificados e em um laboratório especializado.
Esse é um procedimento que pode trazer benefícios por toda a vida dos pequenos, servindo como uma segurança extra para a saúde deles. Isso porque depois de armazenadas, as células-tronco do dente podem ser utilizadas quando necessário, por várias vezes. Elas são as verdadeiras portas de acesso aos tratamentos inovadores que tanto ouvimos falar!
Neste outro texto, você pode entender melhor como elas têm sido utilizadas.
Como funciona a coleta de células-tronco?
A gente sabe que como uma mamãe ou papai cuidadoso, você quer entender cada etapa dessa coleta, não é mesmo? Mas você vai ver que apesar de bem específico, ele é muito simples. Veja os 4 passos:
1) Aproveitando a fase das janelinhas
Para fazer a coleta das células-tronco do dente de leite, é preciso extraí-lo ainda com 1/3 da raiz. Ou seja, o dentinho de leite não pode ter caído ainda! Então já sabe: quando seu filho entrar na fase das janelinhas, é hora de ligar para a R•Crio. Indicaremos o nosso dentista credenciado mais próximo a sua casa para que ele realize a coleta do dente.
2) Coletando o dente de leite
A R•Crio tem uma rede de dentistas especialistas na coleta do dente de leite para o armazenamento de células-tronco por todo o país. Assim, o superdentista analisará qual o dentinho mais indicado para a coleta e depois o enviará para o laboratório da R•Crio, em Campinas (SP).
3) Enviando o dentinho para a R•Crio
Fiquem tranquilos, papais! Os dentinhos são bem conservados durante o transporte até nosso laboratório numa espécie de freezer. Eles são colocados em um tubinho próprio da R•Crio, com uma solução com antibiótico e nutrientes necessários para manter a qualidade das células.
4) Chegando no nosso laboratório
O dentinho do seu filho chegará ao laboratório da R•Crio em no máximo 48 horas. Aqui é onde realmente acontece a coleta de células-tronco da polpa dental. As células coletadas são multiplicadas, passam por testes de qualidade e depois são guardadas em câmaras especializadas com temperaturas muito baixas!
Também simplificamos o caminho do dentinho da criança até a R•Crio neste vídeo, olha só:
Onde você pode fazer essa coleta?
Muitas famílias já buscam a coleta de células-tronco para o armazenamento como uma segurança extra para as crianças. Aqui no Brasil existem laboratórios especializados nesse tipo de processo. No entanto, apenas a R•Crio é especializada no armazenamento de células-tronco mesenquimais, coletadas pelo dentinho de leite, dente do siso, tecido adiposo (gordura) ou céu da boca.
Isso porque os diferenciais do nosso laboratório vão desde os processos, exclusivos e patenteados, até os reconhecimentos que temos, como o da Associação Brasileira de Odontologia (ABO) e Kennedy Space Center (centro de treinamento da NASA na Flórida).
A R•Crio recebe dentinhos de leite de todas as regiões do Brasil. E, ao armazenar as células do seu filho, te enviamos um certificado atestando a qualidade e a quantidade das células armazenadas.
Tratamentos com células-tronco no Brasil.
Para surpresa de muita gente, as terapias celulares no Brasil já são realizadas há anos! Entretanto, essas terapias são mais simplificadas, e por isso diferentes das terapias que utilizam células-tronco armazenadas aqui na R-Crio.
O transplante de medula óssea, por exemplo, é uma terapia celular. O procedimento é chamado de Terapia com Células Progenitoras Hematopoiéticas, mas ninguém conhece dessa maneira. Basicamente, o transplante de medula óssea é um transplante de células-tronco, uma vez que as células-tronco sanguíneas do doador são infundidas para regenerar o sistema imunológico do paciente.
Portanto, as terapias celulares já realizadas no Brasil são as terapias celulares convencionais. Elas possuem alguma características específicas para serem chamadas de “convencionais”, como forma de manipulação das células e característica do uso.
Entretanto, com o avanço das técnicas de biotecnologia e medicina regenerativa, os agentes regulatórios viram a necessidade de estabelecer regras para terapias celulares onde há manipulação extensa das células e a função das células será uma função diferente de sua função original. Diferentemente das terapias convencionais, essas terapias celulares fazem a multiplicação, transporte e, no caso de células-tronco, induções a transformação das células em outro tipo celular. esses dois fatores são suficientes para caracterizar uma terapia celular como avançada.
Produto de Terapia Celular Avançada: um novo tipo de medicamento!
O Produto de Terapia Celular (PTA) passou a ser entendido pela Anvisa como um novo tipo de medicamento. Esse medicamento não é de prateleira de farmácia, mas um medicamento para ser utilizado por profissionais de saúde em hospitais e em clínicas.
Da mesma forma que o medicamento, o processo de produção da Terapia Celular Avançada deve passar por estágios de desenvolvimento antes de ser registrado para utilização.
Coleta de células-tronco: formas de uso na saúde.
Terapias regenerativas
As células-tronco mesenquimais tem a capacidade de promover a regeneração do corpo humano. Essas células-tronco são as responsáveis por formar células de órgãos e tecidos do corpo, como vasos sanguíneos, células cardíacas, músculo, pele, cartilagem, tecido nervoso (neurônios), células-β (produtoras de insulina), entre muitas outras. Ah, e se você está curioso para saber sobre as diferenças entre elas e do sangue do cordão umbilical, clique aqui.
Ação anti-inflamatória
Outra propriedade muito importante das células-tronco mesenquimais é o efeito imunomodulador, isto é, a capacidade de modular a resposta inflamatória e imunológica do organismo. As células-tronco conseguem se comunicar com as células que estão próximas a elas, e sinalizar para o corpo que não há mais necessidade de tanta inflamação.
No caso do Covid-19 as células-tronco servem para controlar a inflamação pulmonar causada pela doença. E em doenças neuronais, como o Alzheimer, elas podem auxiliar a controlar a inflamação neuronal, a qual geralmente está presente no desenvolvimento da doença.
Tratamentos personalizados
Células-tronco servem também para estudar doenças. Esse é o caso do estudo do autismo com células-tronco. O espectro autista é bem vasto, e uma preocupação das famílias é o uso das drogas convencionais nas crianças, uma vez que certas drogas são efetivas para uns, e não tanto para outros.
Por conta do potencial de transformação das células-tronco, pode-se diferenciar as células-tronco em células neuronais, por exemplo, e estudar a melhor abordagem para o tratamento. Um trabalho feito em 2015 examinou geneticamente os neurônios da criança autista por meio das células-tronco, e se descobriu que, para aquelas crianças com alteração no gene TRPC6, o princípio ativo da Erva-de-São-João era mais benéfico do que outros medicamentos. A pesquisadora Karina Griesi, do Hospital Israelita Albert Einstein, acredita que as células-tronco possibilitarão tratamentos personalizados para o autismo nos próximos anos.
Bioengenharia de tecidos
Já imaginou um implante dentário ajudar a criar osso? Ou uma prótese ortopédica desenvolver cartilagem? Isso já é possível com a associação de células-tronco, biomateriais e sinais químicos específicos.
Em muitos casos somente as células-tronco não são capazes de ajudar a regeneração. Elas precisam de uma “casinha”, ou seja, um local para ficarem acopladas para poderem se multiplicar e desempenhar suas funções regenerativas. Esse é o papel dos biomateriais na bioengenharia de tecidos e dos fatores de sinalização, ou seja, pequenos sinais químicos que dizem para as células o que elas devem formar. Quer um exemplo?
Para regeneração de tecido cardíaco pode-se criar uma película que tem a capacidade de reter as células-tronco. Essa película tem também proteínas para servir de estímulo químico para as células-tronco saberem que devem formar certo tipo de tecido, por exemplo o músculo cardíaco. Então essa película, com células-tronco e sinais químicos, pode ser transplantada para o coração necessitado e promover a regeneração do tecido. Um procedimento similar a este já foi realizado em Osaka, Japão. A matéria do Japan Times, divulgada pelo Canal Tech, explica sobre isso.
Bioimpressão de órgãos em laboratório
Parece ficção científica, mas essa forma de uso das células-tronco já é realizada no Brasil! Trata-se da bioimpressão de órgãos para substituir – ou acabar – com filas de transplante no mundo todo. A startup brasileira Tissue Labs pretente imprimir o primeiro coração artificial do mundo. O médico e pesquisador da USP, Gabriel Liguori, é fundador da empresa, e no início de 2021 foi nomeado como um dos 35 pesquisadores mais influentes da América Latina, de acordo com o Innovators Under 35 LATAM I 2020, edição em espanhol da revista do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).
O pesquisador desenvolveu um hidrogel que pode ser utilizado como matéria-prima da bioimpressão. Então com as células-tronco do próprio paciente ele busca desenvolver um órgão funcional por meio da impressão 3D.
Áreas médicas que utilizam células-tronco na saúde
Células-tronco na Cirurgia Plástica
A cirurgia plástica é uma das áreas médicas que mais podem se aproveitar do uso de células-tronco. Isso por dois motivos: o cirurgião plástico pode coletar o tecido adiposo do paciente, fonte rica em células-tronco mesenquimais. Além disso, o profissional poderá utilizar as células-tronco de diferentes formas, por exemplo realizar enxertos de gordura enriquecidos com células-tronco, promover a regeneração da pele e tratar cicatrizes. Em um texto de nosso blog fizemos uma entrevista com um cirurgião plástico sobre os usos de células-tronco na cirurgia plástica.
Especificamente, cirurgias de aumento ou reconstrução de mamas é o procedimento estético mais comum no mundo. Porém, hoje se utiliza enxertos de gordura ao invés de silicone, uma forma de utilizar um produto natural do nosso próprio corpo. Esses enxertos, apesar de serem mais saudáveis, não são retidos completamente pelo corpo, e após um tempo do procedimento, somente 25% a 80% do enxerto permanece no local. Dessa forma, em um estudo realizado com 12 participantes, descobriu-se que as mulheres que tiveram um enxerto de gordura enriquecido com células-tronco tiveram um aumento de mama de 2,6 vezes o tamanho original, e retenção do enxerto de 80,2%, enquanto as mulheres que não tiveram o enxerto enriquecido tiveram um aumento de 1,57 vezes e retenção de 45,1%. Você pode ver mais detalhes aqui.
Células-tronco na Endocrinologia
Provavelmente é difícil de encontrar um endocrinologista que nunca ouviu falar sobre uso de células-tronco em sua área médica. As células-tronco podem ser destacadas de duas formas aqui: para controle e produção de insulina para diabéticos, e para tratamentos da Doença de Crohn e de fístulas causadas pela doença.
A Doença de Crohn é uma condição muito estimada para ser tratada com células-tronco. Já falamos sobre o Cupistem®, uma terapia com células-tronco da Coréia do Sul para tratar fístulas causadas pela doença. Além dessa forma de uso, as células-tronco podem ser usadas para controle da inflamação. A Doença de Crohn é uma doença imunológica. Ela é caracterizada pela inflamação crônica no trato intestinal causada pelo ataque do sistema imune. Para tratar a inflamação, e para isso também tratar o sistema imune, pesquisadores buscam “reiniciar” o sistema imune por meio de quimioterapia, e infundir células-tronco, esperando assim retomar a função correta do sistema imunológico.
Células-tronco para Diabetes Tipo 1 e Tipo 2
Primeiramente, para tratamento de diabetes com células-tronco, vamos separar os dois tipos da doença: Diabetes Tipo 1 e Diabetes Tipo 2. O Diabetes Tipo 1, mais comum em jovens, é quando há um problema imunológico, e o próprio corpo destrói as células produtoras de insulina. Cientistas da USP de Ribeirão Preto promoveram um “reset” no sistema imunológico e implantaram células-tronco novas, esperando que as novas células não tenham o mesmo comportamento de destruir as produtoras de insulina. O resultado foi que, dos 25 pacientes submetidos ao tratamento, 21 pararam de usar insulina em algum momento, e 3 pacientes pararam de usar por mais de 7 anos (até a data da publicação da matéria), e os outros 18 pacientes voltaram a usar uma dose reduzida. Esse estudo divulgado pela Sociedade Brasileira de Diabetes teve início em 2003. Não temos informações mais recentes dos resultados.
A Diabetes Tipo 2 é mais comum em adultos, e causada principalmente por pré-disposição genética e maus hábitos, como obesidade, tabagismo e sedentarismo. Como resultado, isso desencadeia na deficiência de secreção de insulina pelo pâncreas e/ou na resistência à insulina. Por conta do potencial anti-inflamatório das células-tronco mesenquimais, cientistas da USP de Ribeirão Preto buscaram avaliar se essas células são capazes de reduzir a resistência insulínica e possivelmente ainda regenerar as células produtoras de insulina (chamadas de células beta). Nesse estudo, após três anos de avaliação, cerca de 40% dos pacientes ficaram livres de insulina, conforme relatado no site da Sociedade Brasileira de Diabetes.
Células-tronco na Oftalmologia
A oftalmologia é uma das áreas com maiores avanços com tratamentos com células-tronco. Ao redor do mundo, diferentes clínicas já realizam terapias com células-tronco para diferentes condições oftalmológicas. A terapia mais conhecida é chamada de Holoclar®, da empresa italiana Chiesi Farmaceutici®. Esse tratamento utiliza células-tronco límbicas para regenerar o epitélio da córnea e restaurar a acuidade visual. Visite o site da European Medicines Agency (EMA) para mais informações.
Nos EUA, um tratamento também está sendo desenvolvido. De acordo com o site Tudo Sobre Células-tronco, pesquisadores do Massachusetts Eye and Ear, hospital localizado em Boston, substituíram a superfície ocular de quatro pacientes que sofreram queimaduras químicas. Eles utilizaram células-tronco epiteliais límbicas retiradas do olho saudável do paciente. Essas células são cultivadas em laboratório, multiplicadas e, quando em quantidade suficiente para formar uma película, transplantadas para o olho do paciente. Dos 4 pacientes, somente 1 não conseguiu ter suas células-tronco multiplicadas suficientemente, mas após uma segunda coleta houve êxito. Como resultado, os quatro pacientes deixaram de sentir dores após uma semana do procedimento. Agora, os médicos irão fazer mais pesquisas e acompanhar os resultados desse grupo inicial. Por fim, eles completam que ainda não sabem avaliar se o transplante de células-tronco seria uma forma de tratamento, ou um pré-tratamento para posteriormente realizar um transplante de córnea.
Células-tronco na Ortopedia
O uso das células-tronco na ortopedia, principalmente na medicina do esporte, é grandioso, e já atraiu a atenção de diversos atletas e clubes brasileiros.
As células-tronco mesenquimais possuem a capacidade de controlar a resposta inflamatória, regulando a atividade do sistema imune. Nesse sentido, para casos de inflamação nos joelhos, muito comum em atletas, as células-tronco podem ser uma excelente alternativa para controle da dor. O Cupistem®, desenvolvido pela empresa Anterogen®, e já mencionado nesse texto, também é indicado para regeneração de tecido da cartilagem e controle da dor, utilizando células-tronco do tecido adiposo de pacientes que armazenaram previamente.
Células-tronco na Neurologia
A neurologia é outra área médica que possui resultados surpreendentes com células-tronco. Já falamos muito sobre as células-tronco para tratamento de doenças degenerativas, muitas causadas justamente pelo envelhecimento e mal funcionamento das células do corpo. Entre essas doenças está o Mal de Alzheimer.
O Alzheimer é um transtorno neurodegenerativo. Acredita-se que ele é causado principalmente por duas proteínas: beta-amiloide e tau. As pessoas com Alzheimer tem a produção descontrolada dessa proteína, o que causa a morte de neurônios no local. Ainda, estudos também relacionam a progressão da doença com o processo inflamatório. Como publicado no portal Tudo Sobre Células-tronco, as células-tronco mesenquimais podem desempenhar três funções diferentes para tratamento da doença: 1 – Elas possuem ação anti-inflamatória, e podem migrar automaticamente para locais inflamados; 2 – Elas podem funcionar como veículos de transporte para medicamentos, justamente pela capacidade de migrar para tecidos onde há processo de inflamação e; 3- Elas podem liberar substâncias que restauram o funcionamento cerebral.
Alzheimer e Células-tronco
Umas pesquisa da Universidade de Milano-Bicocca, liderada pela Dra. Sílvia Coco, desenvolveu uma abordagem utilizando Vesículas Extracelulares de Células-tronco mesenquimais. Essa vesículas são pequenas “bolsas” secretadas pelas células-tronco mesenquimais, e podem controlar a resposta inflamatória do corpo. Diversos estudos já utilizaram essa abordagem no Alzheimer com aplicações intravenosas. A Dra. Coco, porém, fez a administração via nasal buscando os mesmos resultados. A aplicação foi feita em camundongos geneticamente alterados para apresentar sintomas comuns da doença.
Segundo a doutora, o aspecto mais marcante do estudo é que as injeções intranasais aumentaram a densidade de estruturas cerebrais chamadas de espinhas dendrídicas, responsáveis pela resiliência cognitiva (capacidade do cérebro de resistir a deterioração causada pelo Alzheimer). O mais marcante é que o resultado foi alcançado somente com duas infusões intranasais. Talvez isso tenha ocorrido pois as injeções podem alcançar níveis mais altos no cérebro do que quando realizadas por outro método. Por fim, Dr. Anthony Atala, editor-chefe da revista onde os resultados foram publicados, comenta que os resultados desse estudo apresenta excelentes oportunidades para potenciais de terapias e realização de ensaios clínicos em humanos.
Faça a coleta de células-tronco de sua família para mais acesso a saúde!
Hoje milhares de famílias já armazenam células-tronco do sangue do cordão umbilical, dentes de leite, dentes do siso, e também adultos já coletam do tecido adiposo e do periósteo do palato (saiba mais aqui).
O armazenamento de células-tronco garante a conservação de seu próprio material biológico para abrir portas para todos os tratamentos médicos que vimos acima. Todos sabemos que a ciência evoluí rapidamente, e principalmente na saúde, esses avanços estão mais rápidos.
O Brasil já está no mesmo patamar de países desenvolvidos onde as terapias celulares já são realizadas com frequência. Agora precisamos desenvolver a cultura do armazenamento, e conversarmos mais sobre as novas oportunidades que a ciência oferece para nossa saúde.
As células-tronco servem para diversas outras soluções, nas mais diferentes áreas da saúde. Acreditamos que a nova década será um divisor de águas para a entrega de ciência e saúde por meio de células-tronco e terapias regenerativas.
Conte com a nossa excelência para guardar o tesouro que o sorriso do seu filho carrega! Armazene com a R•Crio: