O Abril Azul marca o movimento dedicado à conscientização sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA), uma importante iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU), por meio da Resolução 62/62, que instituiu o 2 de abril como o Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo. A data foi escolhida por ser o aniversário de Leo Kanner, um dos pioneiros no estudo do autismo.
Da mesma forma, outras entidades, públicas e privadas, se movimentam para promover a inclusão e desmistificar conceitos sobre o TEA. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que uma em cada 160 crianças tenha o Transtorno do Espectro Autista, o que representa cerca de 79 milhões de pessoas no mundo.
Vale informar também que este número pode ser subestimado, pois o diagnóstico do TEA ainda é um desafio para muitos países. No Brasil, dados do Sistema de Informações Ambulatoriais (SIA) de 2021, mostram 9,6 milhões de atendimentos em ambulatórios, a pessoas com autismo. Sendo 4,1 milhões ao público infantil com até 9 anos de idade.
Saber para entender
O TEA é um conjunto de condições que afetam o desenvolvimento do cérebro, principalmente na área da comunicação e interação social. As características variam muito de pessoa para pessoa. Algumas, são independentes e têm um bom desempenho em todas as áreas da vida, enquanto outras precisam de mais apoio e acompanhamento constante. Os especialistas e a literatura afirmam que não há uma causa única para o TEA, mas acredita-se que uma combinação de fatores genéticos e ambientais seja responsável por ele. Geralmente, os profissionais diagnosticam o transtorno na infância, mas podem realizá-lo em qualquer idade.
Compreensão e respeito
O diagnóstico precoce e o acesso a intervenções terapêuticas são fundamentais para o desenvolvimento das pessoas com autismo. Profissionais em áreas como fonoaudiologia, terapia ocupacional e psicopedagogia estão treinados para ajudar a pessoa com TEA a superar desafios e alcançar uma vida plena.
Desinformação e preconceito
A desinformação e o preconceito ainda representam obstáculos para quem convive com o transtorno, bem como para os seus familiares. O Abril Azul proporciona uma oportunidade para disseminar conhecimento, desfazer estereótipos e promover a empatia. A inclusão social, desde a educação até o mercado de trabalho, é essencial para garantir igualdade de oportunidades e acessibilidade para todos. As famílias, profissionais da saúde, educadores e a sociedade devem se unir para apoiar a inclusão e respeitar as pessoas com TEA. O Abril Azul é um convite à ação, à reflexão e ao compromisso com a construção de um mundo mais justo e acolhedor.