A pesquisa com células-tronco e terapias celulares são áreas que levantam importantes questões éticas e requerem regulamentações adequadas para garantir a segurança e a proteção dos envolvidos. Portanto, nessa postagem, será possível conhecer algumas considerações que envolvem o tema.
Fonte das células-tronco
Uma das questões mais discutidas nas pesquisa com células-tronco é a fonte de obtenção do material. As células-tronco estão em diferentes áreas do corpo humano. Elas são obtidas de embriões (células-tronco embrionárias) ou de tecidos adultos, como medula óssea, tecido adiposo, dente, dente de leite, palato (céu da boca) ou cordão umbilical. É importante ressaltar que as células-tronco coletadas e armazenadas pela R-Crio são autológas, ou seja, extraídas do corpo do próprio paciente, com consentimento e autorização.
Autorização e consentimento
Todos os estudos e pesquisa com células-tronco requerem o consentimento informado dos doadores de tecidos e participantes. Os envolvidos na doação de células-tronco ou na participação em ensaios clínicos estão cientes do projeto, bem como os benefícios, riscos e possíveis consequências da pesquisa. Dessa forma, podem decidir se desejam ir adiante no projeto.
Protocolos de pesquisa
No Brasil e no mundo existem regulamentações rigorosas para garantir a segurança e a proteção dos participantes de estudos envolvendo células-tronco. Os protocolos de pesquisa passam por revisões éticas para conquistar a aprovação de comitês de ética em pesquisa. Além disso, seguir as diretrizes e regulamentações nacionais e internacionais garantem o bem-estar de todos.
Responsabilidade e qualificação técnica
O uso responsável e apropriado das descobertas da pesquisa com células-tronco é uma consideração ética importante. As aplicações clínicas devem ter bases e evidências científicas sólidas e os tratamentos administrados por profissionais de saúde qualificados.
Benefícios ao alcance de todos
A R-Crio tem como um dos seus pilares pleitear, em pesquisas e estudos em que está envolvida, que os avanços e terapias baseadas em células-tronco estejam disponíveis para toda a população. As questões de equidade são, por moral e ética, consideradas ao desenvolver políticas de acesso e distribuição das terapias. Outro ponto importante, o monitoramento e a regulamentação são contínuos. Os trabalhos estão em constante evolução, novas descobertas surgem o tempo todo. Portanto, essas ações contínuas garantem que os avanços científicos sejam usados de forma ética e responsável. Desse modo, práticas prejudiciais ou antiéticas são evitadas.
Coleta e armazenamento
É importante difundir a possibilidade de armazenamento das células-tronco, já consideradas um medicamento biológico. Quanto antes a extração, mais benefícios, pois elas mantêm a idade biológica do hospedeiro na época da extração. Por exemplo, se extraídas do dente de leite de uma criança entre sete e oito anos, mesmo armazenadas por 20 anos, terão a idade do momento da coleta. E, estarão em condições de uso e em quantidades suficientes para atender ao tratamento das principais doenças agudo-degenerativas, respeitando as condições regulatória para tal.
Nesse sentido o Brasil avança, já que por meio da Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) nº RDC 505/2021, elaborada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), foram definidas novas regras para registros de produtos classificados como terapias avançadas (produto de terapias celulares, de terapias gênicas e de engenharia tecidual), que garantem ao país a oportunidade de novas perspectivas de desenvolvimento na área.