Como as redes sociais impactam a autoestima é um tema atual e muito discutido. A exposição exagerada aos conteúdos digitais pode afetar a autoestima e colocar em “cheque” a crença no próprio valor. Segundo os especialistas, a fachada de perfeição e felicidade que muitas vezes estampa essas plataformas impacta a autoestima significativamente. A comparação constante, por exemplo, é uma das principais maneiras pelas quais as redes sociais afetam o autovalor. As vidas “perfeitas” das outras pessoas traz a sensação de inadequação ou insatisfação com a própria existência e aparência.
Validação constante
Hoje, é comum as redes sociais ocuparem o lugar de validação constante da autoestima. Contudo, quando a felicidade e a crença em si mesmo dependem inteiramente de curtidas e comentários de outras pessoas (na maioria desconhecidas), as chances de se tornar refém da aprovação alheia são gigantescas. Isso quer dizer que o outro tem controle, inclusive, sobre o valor que cada um deveria ter por si mesmo.
Outro ponto importante, que fragiliza ainda mais a autoestima, é a cultura centrada na aparência, onde a beleza e a perfeição são constantemente valorizadas. Principalmente para os mais jovens (crianças e adolescentes), isso pode levar a uma sensação de pressão para atender a padrões irrealistas. Esse grupo é especialmente vulnerável as influências externas durante o desenvolvimento.
Ainda nesse sentido, alguns personagens do mundo digital, como os trolls – indivíduos que se engajam em comportamentos provocativos, ofensivos e perturbadores com o objetivo de gerar conflitos, espalhar discórdia e obter reações emocionais de outras pessoas – podem provocar traumas graves e desastres emocionais que duram por toda a vida da criança ou jovem. No entanto, isso não que dizer que adultos estão imunes as consequências dos ataques.
Necessidade de fazer parte
O medo de ficar de fora das experiências emocionantes e eventos sociais compartilhados nas redes sociais pode criar ansiedade e sentimentos de inadequação em relação à própria vida. Esse tipo de comportamento faz uma desconexão da realidade, a atenção está voltada para as vidas on-line em vez de viver plenamente a própria. No entanto, é importante ressaltar que nem todas as experiências nas redes sociais são negativas. Elas também podem ser fontes de inspiração, conexão social e empoderamento.
Para minimizar o impacto negativo das redes sociais na autoestima, é essencial:
- Limitar o tempo gasto nas redes sociais para evitar comparações excessivas;
- Praticar a autocompaixão e lembrar que todos têm suas próprias lutas e imperfeições;
- Buscar apoio offline, como amigos e familiares, para construir uma base sólida de autoestima;
- Seguir perfis que promovam conteúdo positivo e inspirador;
- Priorizar experiências e conexões da vida real em vez de apenas as virtuais.
As redes sociais também impactam a autoestima positivamente, basta saber escolher os conteúdos. Prefira sempre preservar a saúde mental e o bem-estar emocional, tirando proveito das vantagens dessas plataformas sem cair nas armadilhas emocionais que podem surgir.