A coleta e armazenamento de células-tronco avança à passos largos. Terapias que utilizam essas células utilizam de seu potencial regenerativo e anti-inflamatório para tratar doenças e condições sem tratamento definitivo, como em casos de Diabetes, doenças cardíacas, neurológicas e lesões e desgastes na cartilagem. A maior busca por armazenamento também se deve ao fato de que, em 2020 e 2021, a Anvisa passou a regulamentar as terapias com células-tronco. Antes, a Anvisa somente estabelecia regras para processamento das células em laboratório e realização de ensaios clínicos. Agora as regras para registro e realização das terapias está também estabelecida. Pensando nisso, o estado do Paraná passou a olhar a oportunidade de ser pioneiro no desenvolvimento das terapias, e a população já respondeu com mais aumento do interesse por esse tipo de prevenção com a saúde. Veja nesse texto como a coleta de células-tronco avança no Paraná, e o relato de uma família inteira que fez o armazenamento para mais formas de acesso à saúde. Segue com a gente!
Coleta de Células-tronco no Paraná
Em 2021, a R-Crio e outros parceiros estabeleceram um Centro de Coleta de Células-tronco dentro do Hospital IPO – Hospital Paranaense de Otorrinolaringologia. O hospital, com sede em Curitiba, também destaca que o Centro de Coleta pode funcionar como um centro de fomento à pesquisa. Segundo José Mauro, diretor de projetos da Anadem, e idealizador da parceria, quanto mais os médicos conhecerem a plasticidade das células-tronco em relação ao processo de reparação celular, mais fácil será permitir esse acesso às novas tecnologias. Essa frente de estudo poderá ser guiada pelo NEP – Núcleo de Ensino e Pesquisa do Hospital IPO.
“Vincular procedimentos e novas técnicas é a chave para desenvolver melhores tratamentos e tornar possível a redução cada vez mais rápida e simples da agressividade de determinados quadros clínicos. Estamos muito felizes e orgulhosos por esse pioneirismo. Dessa relação, vamos poder pensar em novos produtos, novas operações e obter novos conhecimentos” – João Luiz Garcia de Faria, diretor do Hospital IPO.
A importância do envolvimento do Hospital IPO e do NEP
Como já falamos em outras ocasiões, a pesquisa e envolvimento do meio médico é essencial para a entrega das terapias celulares como solução para a população. Isso porquê são os médicos que trarão as demandas de tratamento para os pacientes. Dessa forma, os pesquisadores possuem mais direcionamento para transformar as pesquisas em verdadeiros produtos para a saúde. Um outro ponto é a realização da terapia celular. Como sabemos, as terapias celulares devem ser realizadas por profissionais de saúde, principalmente por médicos e dentistas. São Centros de Terapia Celular que farão a aplicação das células, de acordo com o pedido médico ao Centro de Processamento Celular. Esses Centros de Processamento são laboratórios como a R-Crio, habilitados para preparar as células-tronco para aplicação. Por isso, sem envolvimento e conhecimento dos médicos sobre como aplicar, passa haver um gargalo na aplicação clínica das células-tronco.
TECPAR estabelece parceria para pesquisas e criopreservação de células-tronco no Paraná.
Após o envolvimento do Hospital IPO, o TECPAR – Instituto de Tecnologia do Governo do Paraná – passou a também se interessar pelo assunto. A instituição completou 80 anos em 2020 e, historicamente, sempre esteve ligada à inovações na área da saúde, principalmente à produção e distribuição de vacinas. Mais do que isso, a instituição sempre buscou formas de inovar com tecnologias voltadas para a saúde, e agora enxergou nas células-tronco e terapias celulares um grande potencial de pioneirismo para a coleta de células-tronco no estado do Paraná.
No dia 03/12/2021, o TECPAR estabeleceu uma aliança técnica-científica com a R-Crio, Anadem, Hospital IPO, NEP, Blinmed e Eco Medical Center, instituições que buscam difundir o assunto entre profissionais de saúde e sociedade paranaense. O propósito da parceria é atender a demanda crescente da sociedade em relação às terapias celulares, bem como fomentar o assunto entre profissionais de saúde visando o tratamento de doenças que ainda não tem solução pela medicina convencional.
Segundo o diretor-presidente do Tecpar, Jorge Callado, a partir do desenvolvimento desses produtos, é possível registrá-los junto aos órgãos regulatórios para eventualmente fornecê-los ao SUS. “O Tecpar esteve sempre conectado com as demandas da sociedade brasileira. Como laboratório público oficial, o instituto busca diversificar suas ações para fornecer novas soluções para o país na área da saúde. A terapia com células-tronco já é uma realidade e queremos, com essa parceria, viabilizar novos produtos”, afirmou.
Família do Paraná armazena células-tronco.
Com tantas perspectivas para o armazenamento de células-tronco no estado do Paraná, a família Paganini, de Maringá/PR, decidiu fazer a coleta das células-tronco de toda sua família. Aqui no blog já comentamos que, atualmente, a coleta de células-tronco já não é mais restrita aos recém-nascidos e crianças na fase dos dentinhos de leite. Hoje, a R-Crio já oferece a coleta pelo Periósteo do Palato, um tecido do céu da boca que também contém células-tronco mesenquimais e que pode ser coletado com bastante facilidade.
Veja o depoimento de Inácio Paganini sobre o que motivou ele e a família fazerem o armazenamento:
Estevão fazendo a coleta do dente de leite.
Inácio Paganini comenta o que chamamos de “fator idade” no armazenamento de células-tronco, ponto de discussão importante, principalmente agora com as coletas em adultos e idosos. A criopreservação permite paralisar o metabolismo das células, portanto elas não envelhecem enquanto estão congeladas. Isso é crucial para entender o que mais motiva a criopreservação de células-tronco. Nesse sentido, armazenar as células-tronco do dente de leite é mais vantajoso do que qualquer outra fonte, pensando na idade do beneficiário (e das células) no momento da coleta.
O Estevão, caçula da família, fez a coleta de suas células-tronco pelo dentinho de leite. A coleta foi feita no Instituto Ricardo David Odontologia, profissional credenciado da R-Crio em Maringá/PR. O papai Inácio fez questão de registrar o momento da coleta do filhote para guardar, além das células, esse momento especial para a saúde de sua família.
E depois da coleta, um Certificado de Coragem para o corajoso Estevão se lembrar do presente que seus pais deram para sua saúde.
Coleta de células-tronco: um novo olhar para a saúde.
Hoje, a coleta e armazenamento de células-tronco abre portas para toda família para um novo estágio da medicina. Há um movimento na área da saúde mundial em relação aos tratamentos e novos desenvolvimentos. Atualmente, a medicina passa a enxergar com mais clareza a importância do conhecimento em biologia para a prática médica. Muitas doenças e condições não são tratadas com medicamentos e química. Isso porquê há muitas doenças relacionadas ao envelhecimento e desgaste das células do corpo. E para o envelhecimento não tem remédio.
Mas as células-tronco são vistas como uma esperança de tratamento. Com elas armazenadas, podem ser utilizadas como ‘peça de reposição’ do seu próprio organismo. Assim, quando uma célula passar a não funcionar corretamente por conta da idade ou uma lesão, as células-tronco guardadas podem formar novas células e substituir as danificadas.
Então, faça como a família Paganini. Não perca tempo, e armazene as células-tronco o quanto antes. Nosso corpo envelhece todos os dias, e aos poucos as células perdem suas capacidades. As terapias celulares são um caminho sem volta para a medicina, e agora a família Paganini e toda população do Paraná estão saindo na frente em busca da longevidade com qualidade de vida.