Antes de mais nada, é importante saber diferenciar a cirurgia plástica reconstrutiva da cirurgia plástica estética. A primeira, restaura a forma e a função de estruturas do corpo de traumas, doenças genéticas, tumores ou queimaduras. Por meio de técnicas, os cirurgiões plásticos corrigem imperfeições e devolvem aos pacientes a qualidade de vida perdida. Já a segunda, tem apenas a intenção de melhorar ou valorizar a aparência de acordo com os desejos do paciente.
Cirurgia plástica reconstrutiva da ponta nasal
Alguns acidentes ou doenças, como por exemplo o câncer, podem provocar a amputação da ponta nasal. “Essas lesões são devastadoras e exigem cirurgia plástica reconstrutiva”, explica a cirurgiã-plástica e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica – SBCP, Lydia Masako Ferreira. A médica ainda conta que além das implicações físicas, as lesões causam impactos psicológicos aos pacientes. “A perda da ponta nasal prejudica a estética facial e provoca a rejeição social. Portanto, impõem sofrimento adicional aos indivíduos já traumatizados pelas feridas e limitações funcionais resultantes da condição”, analisa Lydia.
Quando uma amputação traumática acontece na ponta nasal, a cirurgia plástica reconstrutiva é usada para recuperar a estética, bem como ajudar no equilíbrio emocional do paciente. “É uma jornada delicada que exige precisão técnica e sensibilidade para lidar com as complexidades envolvidas”, diz a cirurgiã.
Técnicas de reconstrução
A especialista analisa que ao longo dos anos houve avanços significativos na cirurgia plástica reconstrutiva de ponta nasal. No entanto, inicialmente limitadas e muitas vezes insatisfatórias. Agora, as abordagens modernas se concentram na utilização de enxertos de cartilagem, normalmente retirados da orelha ou da cartilagem septal, para reconstruir a ponta nasal. “A criação de uma cobertura de pele local é essencial para proteger a nova estrutura e obter resultados estéticos satisfatórios”, acrescenta a médica.
Em casos mais complexos, a cirurgia plástica reconstrutiva da ponta nasal pode envolver a criação de retalhos cutâneos de áreas adjacentes para fornecer uma cobertura mais adequada. “Cada caso é único e requer uma abordagem personalizada para garantir os melhores resultados“, ressalta Lydia.
Em conclusão, a cirurgia plástica reconstrutiva após amputações traumáticas é um desafio complexo para a medicina, mas com o uso de técnicas cirúrgicas avançadas e a experiência de cirurgiões plásticos especializados, é possível alcançar resultados funcionais e estéticos favoráveis. A evolução das abordagens e dos instrumentos proporcionam esperança e melhoria na qualidade de vida dos pacientes que enfrentam esse tipo de lesão.