O câncer de próstata é o segundo tumor maligno mais frequente entre os homens brasileiros. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), é um problema significativo. Dessa forma, estima-se que a cada ano do triênio 2023-2025, sejam diagnosticados no país 71.730 novos casos de câncer de próstata, correspondendo a 23,21 casos por 100 mil homens. Depois que completam 55 anos, há maior risco deles desenvolverem a doença. A cada dez homens diagnosticados com câncer de próstata, nove têm mais de 55 anos.
Câncer de próstata e o preconceito masculino
Frequentemente, fatores culturais, sociais e até biológicos contribuem para a masculinidade tóxica, que prega a força e a resistência como valores máximos e, muitas vezes, reprime a busca por ajuda médica. Um exemplo é o diagnóstico precoce para o câncer de próstata. Além disso, a falta de informação e acesso a serviços de saúde também contribuem para o problema. Os homens, em geral, são menos propensos a realizar exames preventivos e consultas médicas, mesmo quando apresentam sintomas. Como resultado, a negligência causa graves consequências: doenças evitáveis se agravam, diagnósticos tardios comprometem as chances de cura, e a qualidade de vida é drasticamente reduzida.
Prevenção e diagnóstico precoce
A boa notícia é que, quando detectado precocemente, as chances de cura para o câncer de próstata são superiores a 90%. Os principais fatores de risco incluem idade acima de 50 anos, histórico familiar, etnia e obesidade. Adotar um estilo de vida saudável, com dieta equilibrada e atividade física regular, reduz o risco. Medidas preventivas incluem limitar o consumo de carne vermelha e álcool, e evitar o tabagismo. O diagnóstico precoce requer exames como o toque retal e o PSA. Recomenda-se o toque retal, especialmente com histórico familiar. O PSA auxilia no diagnóstico, mas não indica câncer necessariamente. Homens com 50 anos ou mais, ou aqueles com fatores de risco, devem procurar um médico para discutir a prevenção.