Medicina moderna – Um novo olhar para o futuro da saúde
Com o passar dos anos, os avanços da ciência foram responsáveis pela prevenção e pelo tratamento de muitas doenças que já causaram milhares de mortes na sociedade. Dentre as descobertas mais importantes na medicina, estão as vacinas e os antibióticos, que foram grandes marcos na nossa história.
Mas com a medicina moderna, as transformações são ainda mais promissoras. Atualmente, vemos milhares de estudos e descobertas capazes de revolucionar os tratamentos convencionais e mudar completamente o futuro da saúde no mundo todo. E isso está muito próximo da nossa realidade!
Um exemplo dos avanços na ciência é a terapia celular, onde é feito um transplante ou injeção de células vivas em um paciente, com o objetivo de substituir ou regenerar células ou tecidos danificados. Estudos nessa área trouxeram esperança para novos tratamentos e um novo marco para a medicina regenerativa.
Células-tronco: Um futuro que já começou
Já existem muitos estudos com células-tronco para tratamento de doenças como fissura palatina, diabetes tipo I, queimaduras, feridas, cegueira, entre outros. Mas o que poucos sabem, é que seus benefícios podem ir muito além da terapia celular. Veja abaixo alguns deles:
Uso de células-tronco para gerar órgãos em laboratório
O uso de células-tronco pode vir a permitir que se crie um órgão sob medida e personalizado para um determinado paciente, sem fila de espera e sem risco de rejeição. Para isso, bastaria coletar suas células e direcioná-las para a formação do órgão de interesse. Por ter o genoma do próprio paciente, o órgão formado é imunologicamente compatível, ou seja, não haveria risco de rejeição pelo organismo.
Atualmente, o desafio dos cientistas é descobrir como direcionar as células-tronco para formar um órgão específico, pois cada órgão humano é composto por diferentes tipos de células. Para isso, estão sendo feitos estudos sobre quais tipos de estímulos fazem com que uma população de células-tronco se transforme de forma que possam desempenhar funções específicas.
Outra possibilidade seria criar órgãos em impressoras 3D. Essas impressoras estão se tornando tão sofisticadas que já existem modelos capazes de “imprimir” um rim humano com todos os seus detalhes. Um rim de plástico, no entanto, não é funcional. Uma saída poderia ser imprimir órgãos usando células-tronco como “tinta”. Para estruturas mais simples, isso já é realidade: centros de pesquisa já podem usar pequenas porções de fígado produzidas dessa maneira para testes de toxicidade de novos medicamentos.
Células-tronco podem ajudar a descobrir medicamentos mais eficazes
Todos os dias, novos medicamentos são descobertos em todo o mundo. Porém, não é do dia pra noite que isso acontece – são necessários muitos testes antes de aprovar o uso de medicamentos em humanos, e, ainda assim, não conseguimos saber todo o seu potencial terapêutico antes de utilizarmos.
As células-tronco vão revolucionar essa etapa de testes, pois poderão ser usadas para gerar o tecido ou órgão de interesse (um rim, por exemplo) e também para testar efeitos sistêmicos (efeitos colaterais em outros órgãos do corpo, como fígado ou coração) de novos medicamentos.
Com isso, será possível descobrir que uma droga tem efeito tóxico sobre o fígado, por exemplo, sem que nenhum voluntário humano precise ficar doente. Isso tornará mais fácil, rápida e segura a descoberta de novos medicamentos.
Uso de células-tronco para criar modelos de estudo para cura de doenças
Para entender as principais características de uma doença e como ela evolui ao longo do tempo, os cientistas precisam de modelos que possam ser usados em condições de laboratório. Um exemplo é o modelo animal, como um camundongo que tenha sintomas da doença de Alzheimer. Esse tipo de abordagem é útil, mas bastante limitado: as causas biológicas de um determinado comportamento podem não ser as mesmas entre espécies diferentes.
Ao recriar uma doença humana em laboratório usando células-tronco para gerar órgãos e sistemas afetados, podemos investigá-la em detalhes, ao longo do tempo, de maneira personalizada, e sem os conflitos éticos envolvidos no uso de animais.
Já é possível gerar neurônios a partir de células-tronco, por exemplo. No nosso cérebro, esses neurônios liberam hormônios que são extremamente importantes para o comportamento alimentar e reprodutivo. E, se forem cultivados em laboratório, podem ajudar cientistas a entender melhor as causas da obesidade, da infertilidade e também a desenvolver e testar melhores medicamentos para essas doenças.
Outra possibilidade é usar célula-tronco de indivíduos com autismo para gerar neurônios que terão características muito similares, se não idênticas, àqueles que estão no cérebro desses pacientes. É possível até criar pequenas redes neuronais (“minicérebros” personalizados) para investigar e entender que tipos de alterações estão presentes naquele paciente.
Células-tronco: Um tratamento mais acessível do que você imagina
A ciência não sabe ainda até onde os tratamentos com células-tronco podem chegar. No entanto, permitir o acesso das crianças às infinitas possibilidades de terapias é o que podemos fazer agora.
Tão importante quanto cuidar das vacinas e dos medicamentos corretos para as crianças, é oferecer a elas a possibilidade de escolherem as melhores opções de tratamentos no futuro. Saiba mais sobre preservação de células-tronco: www.r-crio.com/celulas-tronco