A saúde bucal na terceira idade exige atenção e cuidado. Frequentemente, problemas como perda de dentes, boca seca, doenças gengivais e até câncer oral se tornar mais prevalentes nessa fase da vida.
O Brasil, como muitos outros países, passa por uma significativa mudança demográfica com o envelhecimento da população. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a expectativa de vida aumenta. De acordo com os dados da Tábua Completa de Mortalidade, de 2021, divulgados pela entidade em novembro de 2022, o número subiu de 76,8 para 77 anos de vida em comparação com 2020. Entretanto, a longevidade traz consigo desafios específicos, principalmente para a área da saúde.
Longevidade e os cuidados orais
Com o aumento da expectativa de vida, mais pessoas enfrentam condições que requerem tratamento contínuo, o que pode comprometer a assistência médica pública. Além disso, a multimorbidade, onde indivíduos têm mais de um problema de saúde crônico, torna o tratamento mais complexo. A necessidade de cuidados de longo prazo e a acessibilidade a serviços de saúde de qualidade também são preocupações governamentais. Nesse sentido, a promoção da saúde e a prevenção de doenças se tornam imperativas para enfrentar os desafios.
A palavra do especialista
Segundo o presidente da Associação Brasileira de Odontologia de São Paulo (ABO-SP), Mario Cappellette Jr., é essencial que a Saúde Pública esteja preparada para reconhecer e abordar essas questões, incluindo a área da odontologia, onde enfatiza a carência de profissionais no serviço público e a dificuldade de acesso aos cuidados pela população.
Perder os dentes abala a confiança e autoestima
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a perda de dentes afeta a qualidade de vida dos idosos, prejudica sua capacidade de mastigar, falar e sorrir. Além disso, problemas bucais podem influenciar condições médicas crônicas, como diabetes e doenças cardiovasculares.
Cappellette enfatiza que a prevenção é a chave para manter a saúde bucal por toda a vida. “É essencial que os idosos continuem visitando o cirurgião-dentista regularmente para exames odontológicos, limpezas, bem como tratamentos preventivos. Além disso, a conscientização sobre a importância de manter uma boa higiene bucal em casa é crucial.
O cirurgião-dentista ainda assegura que, com o apoio dos profissionais da odontologia e iniciativas de educação pública, o Brasil pode enfrentar os desafios específicos de saúde bucal na terceira idade e garantir que os idosos desfrutem de uma melhor qualidade de vida e bem-estar geral. “A Associação Brasileira de Odontologia de São Paulo (ABO-SP) está comprometida em promover a saúde bucal em todas as faixas etárias, fornecendo informações e recursos para o público em geral, ou seja veja, trabalhando em estreita colaboração com profissionais de odontologia para atender às necessidades específicas de todos, especialmente dos idosos”, finaliza Cappellette.