O uso das células-tronco mesenquimais para o tratamento de lesões pulmonares já é uma possibilidade com resultados positivos em estudos clínicos. A técnica é uma abordagem desenvolvida pela medicina regenerativa. No entanto, antes de explicar como essas células atuam, é importante esclarecer os que são as lesões pulmonares e quais doenças podem causá-las.
O que são lesões pulmonares?
As lesões pulmonares são danos ou alterações nos tecidos do pulmão que afetam a função normal do órgão. Existem diferentes tipos de lesões, com diversas causas e manifestações clínicas. Algumas das principais doenças que causam lesões pulmonares incluem: pneumonia, fibrose pulmonar, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), lesão pulmonar aguda (LPA), embolia pulmonar, COVID-19, entre outras.
A COVID-19, provocada pelo vírus SARS-CoV-2, por exemplo, tem uma predileção particular pelos tecidos respiratórios, incluindo os pulmões. A pessoa infectada pode ter as células epiteliais das vias respiratórias invadidas, incluindo os alvéolos pulmonares. A resposta imunológica do corpo à infecção viral resulta em uma inflamação intensa nos pulmões, o que pode levar a danos nos tecidos. Em alguns casos, isso pode progredir para uma condição conhecida como síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA), na qual ocorre uma resposta inflamatória descontrolada, causando danos graves aos pulmões. A condição pode levar à diminuição da função pulmonar, dificuldade respiratória grave e necessidade de suporte ventilatório.
Uso das células-tronco mesenquimais nas lesões pulmonares
As lesões pulmonares representam um desafio significativo para a medicina, especialmente em casos de danos graves ou crônicos nos tecidos. No entanto, avanços recentes da medicina regenerativa, com o uso das células-tronco, têm despertado grande interesse devido ao potencial promissor no tratamento desses danos.
As células-tronco mesenquimais (CTMs) são um tipo especializado de células-tronco encontradas em várias partes do corpo, incluindo a medula óssea, o dente, o palato (céu da boca) e tecido adiposo. Elas possuem características únicas que as tornam adequadas para o tratamento das lesões pulmonares. Essas células têm a capacidade de se diferenciar em diferentes tipos de células, incluindo células pulmonares, além de possuírem propriedades anti-inflamatórias e imunomoduladoras.
Em lesões pulmonares, as CTMs têm sido utilizadas tanto para promover a regeneração dos tecidos quanto para modular a resposta inflamatória. Quando administradas no local da lesão, podem migrar para o tecido danificado e secretar fatores de crescimento e moléculas anti-inflamatórias, estimulando assim o processo de regeneração dos tecidos pulmonares danificados.
Estudos clínicos com células-tronco
Segundo estudos clínicos, as CTMs podem reduzir a inflamação nos pulmões, diminuindo a produção de citocinas inflamatórias e promovendo a atividade de células reguladoras do sistema imunológico. Isso pode ajudar a controlar a resposta imunológica exagerada que ocorre em algumas lesões pulmonares, como a fibrose pulmonar. Ensaios clínicos em humanos estão em andamento para avaliar a segurança e eficácia dessas células no tratamento de doenças pulmonares, incluindo a lesão pulmonar aguda e a fibrose pulmonar idiopática.
Em conclusão, as células-tronco mesenquimais apresentam um potencial promissor como uma abordagem terapêutica inovadora no tratamento de lesões pulmonares. Nesse sentido, o efeito regenerativo e propriedades imunomoduladoras ajudam a reparar os tecidos danificados e controlar a resposta inflamatória nos pulmões. Ainda assim, as pesquisas e estudos estão em constante evolução para garantir tratamentos eficazes e seguros.
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