As células-tronco no tratamento do câncer é um tema em constante discussão. A doença é complexa e afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Segundo relatório de 2022, apresentado pelo do Instituto Nacional de Câncer (Inca), o Brasil terá, até 2025, dois milhões de novos casos da doença. De acordo com o documento, pelo menos 704 mil registros serão feitos por ano no país até a metade desta década. O câncer de maior incidência entre os brasileiros é o de pele não melanoma, que representa 31,3% dos diagnósticos.
O panorama é alarmante e a classe científica busca alternativas eficientes para a cura da doença. Os tratamentos convencionais, como cirurgia, quimioterapia e radioterapia, são eficazes em muitos casos, mas apresentam limitações. Nos últimos anos, os pesquisadores têm explorado o potencial das células-tronco como uma abordagem inovadora para o tratamento do câncer.
O que são as células-tronco e como elas atuam?
As células-tronco são um tipo especial de célula encontrada em organismos multicelulares, incluindo seres humanos. Elas têm a capacidade de se diferenciar em muitos tipos de células no corpo. Isso significa potencial para substituir células danificadas ou perdidas em tecidos e órgãos afetados por doenças.
Existem dois tipos principais de células-tronco: as células-tronco embrionárias e as células-tronco adultas. Essas últimas podem ser as células-tronco mesenquimais ou as do cordão umbilical. As células-tronco embrionárias são obtidas a partir de embriões humanos em estágios iniciais de desenvolvimento. Elas têm capacidade para se diferenciar em qualquer tipo de célula no corpo. Já as células-tronco adultas são encontradas em tecidos adultos, como a medula óssea, o sangue e o tecido adiposo, e têm um potencial ilimitado de diferenciação.
As células-tronco mesenquimais
As células-tronco mesenquimais (CTMs) são do tipo adulta encontradas em muitos tecidos do corpo. Estão, por exemplo, no tecido adiposo, no osso, na medula óssea, nos dentes e no palato (céu da boca). Elas têm a capacidade de se diferenciar em uma variedade de tipos celulares, incluindo células ósseas, cartilaginosas, adiposas e musculares. Ainda contam com propriedades imunomoduladoras, o que significa que podem promover a resposta imunológica do corpo; liberam proteínas e outras moléculas que auxiliam na redução da inflamação e na reparação de tecidos danificados.
Já existem estudos avançados para uso no tratamento de várias condições, incluindo lesões na medula espinhal, doenças cardíacas, osteoartrite, enfermidades pulmonares e outras doenças inflamatórias e autoimunes.
Como as células-tronco podem agir no tratamento do câncer
Atualmente, há uma diversidade de trabalhos desenvolvidos para constatar a eficiência das células-tronco no tratamento do câncer. Os experimentos visam usar, por exemplo, células-tronco mesenquimais geneticamente modificadas para expressar substâncias terapêuticas específicas que têm a capacidade de combater o câncer.
De acordo com os estudos, há uma capacidade dessas células interagir com as células do tumor e com o microambiente ao seu redor. Dessa forma, modulam a resposta imunológica, para reduzir a inflamação e influenciar o crescimento e a disseminação das células cancerígenas.
Nesse sentido, ainda, as células-tronco mesenquimais combinadas com terapias convencionais, como quimioterapia e radioterapia, para melhorar sua eficácia e reduzir os efeitos colaterais. Estudos mostraram, por exemplo, que a administração de células-tronco mesenquimais juntamente com a terapia convencional promove, como resultado, a regeneração de tecidos saudáveis afetados pelo tratamento e reduz a toxicidade dos agentes quimioterápicos.
Em conclusão, o uso de células-tronco no tratamento do câncer é uma área em constante evolução, ou seja, com resultados promissores e desafios significativos. À medida que a pesquisa apresenta resultados positivos, a esperança para a cura também se fortalece.
Como coletar e armazenar as células-tronco?
O armazenamento de células-tronco é simples, apesar de ter muitos passos importantes dentro do laboratório. A R-Crio faz a coleta das células com profissionais treinados e habilitados. O material é enviado ao laboratório para análise e controle de qualidade. dessa forma, os procedimentos garantem ao beneficiário células em condições de se tornarem medicamento.