O Plasma Rico em Plaquetas (PRP) está amplamente difundido no mundo. A técnica auxilia na integração de enxertos cutâneos em feridas crônicas, ameniza cicatrizes bem como promove o rejuvenescimento da pele da face e do corpo.
O que é o Plasma Rico em Plaquetas?
As aplicações do PRP são conhecidas da medicina mundial e empregadas na dermatologia, cirurgia plástica, medicina estética, odontologia, ortopedia, entre outras áreas da saúde. No entanto, ainda são pouco difundidas no Brasil. O Plasma Rico em Plaquetas (PRP) vem do sangue do paciente. É um concentrado com alta taxa de proteínas e propriedades que estimulam o crescimento e a cicatrização dos tecidos. O material pode ser usado tanto para condições médicas como para a beleza.
Dermatologia e medicina estética
“Na dermatologia e medicina estética, por exemplo, o PRP é utilizado para a cicatrização de feridas e úlceras, lesões pós-queimadura e de difícil cicatrização, lesões por traumas e também após a remoção dos pontos cirúrgicos. Nesse último caso, principalmente nos procedimentos realizados na face, há muito cuidado para que não fiquem marcas evidentes ou cicatrizes”, explica a dermatologista Ohalis Fernandez, diretora da clínica que leva o seu nome, em São Paulo.
Estética e rejuvenescimento
Segundo a médica, em sua área de atuação, após a aplicação de laser fracionado ou microagulhamento, por exemplo, o PRP funciona como drug delivery (entrega direcionada de medicamento ao organismo, sem afetar tecidos e órgãos saudáveis). A substância penetra nos orifícios causados pelos procedimentos e colabora para a reparação tecidual, ou seja, potencializa os resultados. Como rejuvenescedor, melhora significativamente a hidratação e a elasticidade da pele, ameniza rugas finas e médias.
“É principalmente nas áreas dos olhos que observo um efeito que batizei de filler like – preenchimento, onde há um pequeno aumento do volume da área embaixo dos olhos para as pessoas que têm o sulco muito profundo. Essa é uma aplicação muito interessante para o PRP, traz excelentes resultados no tratamento de rugas e flacidez das pálpebras”, comenta.
PRP na tricologia
Outra área da dermatologia beneficiada com o método é a tricologia (ramo da ciência que estuda os pelos ou os cabelos), onde são tratadas as alopecias (falta de pelos ou cabelo) androgenética e areata. A primeira afeta homens e mulheres e causa, principalmente, a calvície. A queda pode ser transitória ou permanente. Já a segunda, uma condição autoimune, provoca falhas em formas arredondadas ou ovais na cabeça e ainda pode afetar cílios, barbas e sobrancelhas.
“Estudos apontam aumento entre 10% e 20% na densidade capilar após as aplicações do PRP para alopecia androgenética. O tratamento diminui a perda dos fios, ou seja, interrompe a queda ativa e aumenta o crescimento. Observamos melhor resposta ao tratamento nos estágios iniciais. Por essa razão, assim que a pessoa perceber a queda dos fios ou falhas nos pelos, sugiro que busque por um dermatologista que utilize o PRP”, recomenda Dra. Ohalis Fernandez.
Tecnologia e segurança
Para a extrair o PRP, a médica explica que utiliza um material especial que garante a segurança e a esterilidade do procedimento. “São duas seringas, uma dentro da outra. O processo é simples. Com a dupla seringa, faço a extração do sangue e também a aplicação. O paciente doa 15ml do próprio sangue. A seringa está lacrada e vai para uma centrífuga específica por 5 minutos. Após o período, o sangue já está ‘dividido’. Na seringa é possível observar o PRP já separado e pronto para a aspiração e aplicação. Na outra seringa, descartada, tem uma concentração mais alta de glóbulos vermelhos e células inflamatórias. A segurança do sistema é muito importante, pois evita a contaminação. Estamos trabalhando com material biológico. O processo acontece em circuito fechado, ou seja, onde não há risco de contaminação”, finaliza a médica.