Você já deve ter ouvido falar nela, mas realmente sabe o que significa a Campanha de Setembro Amarelo? A ideia é promover ao longo do mês eventos que abram espaço para debates sobre o suicídio a fim de conscientizar as pessoas sobre a importância de discutir esse tema.
Isso porque o assunto “suicídio” permaneceu como um tabu durante séculos. Então, precisamos de muita conscientização para tratá-lo como a questão de saúde pública que representa.
Mas como falar sobre suicídio da maneira correta? Neste texto reunimos dados e dicas importantes para você saber como abordar esse assunto.
Por que a Campanha de Setembro Amarelo é tão importante?
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 800 mil pessoas tiram a própria vida todo ano – e um número muito maior ao menos cogita ou tenta se suicidar.
O que muita gente não sabe é que 9 a cada 10 mortes nesses casos podem ser evitadas com ajuda psicológica. Aliás, a maioria dos casos surge por doenças mentais não tratadas porque muitas pessoas nem sabem que precisam de tratamento.
Por isso, a Campanha de Setembro Amarelo vem para trazer o diálogo e ajudar a prevenir o suicídio. É um mês para criar conversas sobre o assunto e deixar as pessoas que já pensaram em tirar a própria vida saberem que não estão sozinhas e que essa não é a solução.
Sua vida é importante! Vamos conversar?
O suicídio é um assunto evitado e pouco abordado porque muita gente sente medo de expor o caso e incentivar outras mortes. Entretanto, saber abordar o assunto é extremamente importante para ajudar a reduzir o número de pessoas vulneráveis.
Nem sempre é fácil saber o que fazer quando alguém próximo revela os pensamentos suicidas. Então, na hora do diálogo, adote formas saudáveis de falar sobre o assunto. Veja só:
#1 Não julgue!
Você não sabe pelo que a pessoa está realmente passando, portanto busque não decepcioná-la. O suicídio é algo complexo e pode ser motivado por múltiplos fatores. Então, é muito importante incentivar a pessoa a procurar ajuda.
#2 Escute!
Encontre um lugar apropriado e particular para escutar o que a pessoa tem a dizer. Deixe-a saber que pode contar com você e ouça o que ela quiser falar. Esse não é um momento para oferecer soluções práticas, mas para dar à pessoa a certeza de que ela não está sozinha.
#3 Incentive a buscar ajuda profissional!
Conseguir se abrir com alguém próximo já mostra que a pessoa está procurando ajuda. No entanto, a ajuda de um profissional faz toda a diferença e é quando o indivíduo começará um possível tratamento. Oferecer sua companhia nas consultas pode ser um grande incentivo.
#4 Mantenha contato!
Esteja lá para a pessoa e a apoie durante todo o tratamento. Para ela, a segurança de saber que não está sozinha fará toda a diferença, então mantenha contato e, sempre que possível, esteja com ela.
Veja 3 mitos sobre o suicídio que atrapalham a busca por ajuda
Existem alguns mitos sobre o assunto que dificultam o trabalho de profissionais e aumentam os riscos de pessoas ficarem sem ajuda. Então, a Campanha de Setembro Amarelo também é uma forma de falar sobre os sinais que podem indicar que alguém está buscando ajuda.
#1 Quem ameaça não faz
Como falamos anteriormente, é muito importante não julgar ou banalizar os sentimentos de quem buscou ajuda. Algumas pessoas podem comunicar suas intenções em tom de brincadeira por não saberem como abordar o assunto. Portanto, é muito importante perceber esses sinais.
#2 Não há como impedir
Há, sim, como impedir em qualquer momento. Sempre existe tratamento possível para aliviar o sofrimento psicológico de quem está sofrendo. Então, incentive a pessoa a continuar buscando ajuda.
#3 Melhora de humor significa desistência
Pelo contrário. O bom humor pode surgir em muitos momentos e isso é sinal de que a pessoa está se esforçando para melhorar. Entretanto, não significa que ela já está bem. Por isso, é muito importante contar com a ajuda e o acompanhamento de um profissional.
Campanha de Setembro Amarelo: saiba como buscar ajuda
O Setembro Amarelo também está aí para mostrar as diversas formas que as pessoas têm para buscar ajuda. Fale com alguém próximo. Exponha o que se passa na sua cabeça.
Você também pode ligar para o número 188 e conversar com os voluntários do Centro de Valorização da Vida (CVV). Eles estão lá para ajudar e podem entender o que você está passando. O mais importante: sempre busque formas saudáveis de falar sobre o assunto e espalhe esse diálogo.