As doenças cardiovasculares e menopausa, qual a relação? Segundo estudos, problemas cardíacos são a principal causa de morte feminina no Brasil e nos Estados Unidos, onde uma mulher perde a vida para esse tipo de enfermidade a cada 80 segundos. No entanto, pesquisas recentes apontam para uma possível solução: a terapia de reposição hormonal (TRH).
Um estudo publicado no The Cancer Journal revelou que mulheres que iniciaram a TRH nos primeiros 10 anos após o início da menopausa reduziram em 52% o risco de doenças cardiovasculares em comparação às que não realizaram o tratamento. Além disso, a mortalidade geral diminuiu em 43%, destacando o impacto positivo desse cuidado na saúde feminina.
Terapia de reposição hormonal e doenças do coração na menopausa
Mais de 40 estudos observacionais reforçam que a TRH pode reduzir entre 30% e 50% os casos de doenças cardiovasculares na menopausa. Mesmo assim, o tratamento ainda enfrenta resistência por medo ou falta de informação. Um levantamento realizado pela revista científica Climacteric em 2022 mostrou que, embora quase 88% das mulheres brasileiras entre 45 e 65 anos relatem sintomas da menopausa, apenas 22% recorrem à terapia hormonal.
De acordo com o ginecologista Vitor Maga, a reposição hormonal melhora não apenas sintomas como ondas de calor, depressão e ressecamento vaginal, mas também atua na prevenção de diabetes, osteoporose, fraturas e doenças cardiovasculares na menopausa. O médico explica: “Há um medo exacerbado em relação aos tratamentos hormonais para a saúde da mulher. No entanto, tratamentos com insulina ou hormônios tireoidianos já são amplamente aceitos, enquanto a reposição hormonal feminina ainda enfrenta preconceitos”, afirma.
A menopausa não é o fim, mas um novo começo
A menopausa marca o fim da produção de hormônios como o estrogênio, deixando as mulheres mais vulneráveis a doenças cardiovasculares, perda óssea e até Alzheimer. A terapia de reposição, quando bem administrada, ajuda a restaurar esses hormônios, melhorando a qualidade de vida sem efeitos colaterais como ganho de peso ou inchaço.
“Vivemos cada vez mais, e há muita vida após os 50. Não é justo que a mulher deixe de aproveitar essa fase por falta de informação. Com o avanço das pesquisas e o acesso a tratamentos seguros, é essencial desmistificar a TRH e permitir que mais mulheres possam cuidar da saúde de forma plena e consciente. Inclusive, evitar doenças cardiovasculares na menopausa:, ressalta Maga.
Falar sobre menopausa e doenças cardiovasculares incentiva escolhas informadas e promove a oportunidade de mais saúde e qualidade de vida para a mulher. Consulte o seu médico!