A medula óssea é um tecido muito importante. Ela é responsável pela produção de células sanguíneas, essenciais para o funcionamento do organismo. No Brasil, o Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME) destaca-se como o terceiro maior banco de doadores do mundo. No entanto, é o maior com financiamento exclusivamente público. Criado em 1993, em São Paulo, e coordenado pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA) desde 1998, no Rio de Janeiro, o REDOME traz esperança para pacientes que lutam contra doenças hematológicas graves.
A importância das doações de medula óssea
As doações são, portanto, fundamentais para pacientes que enfrentam doenças como, por exemplo, leucemias, linfomas, anemias aplásticas e outras enfermidades do sangue. Além disso, para muitos, o transplante de medula óssea representa a única chance de cura. No entanto, a compatibilidade entre doador e receptor é rara. Por esse motivo, cada novo cadastro no REDOME traz ânimo renovado para quem aguarda por um transplante.
Estatísticas do REDOME e transplantes de medula óssea no Brasil
Segundo levantamento, até julho de 2024, o REDOME contabilizava mais de 5,4 milhões de doadores cadastrados. No primeiro semestre desse mesmo ano, houve um aumento significativo de 74.677 novos cadastros, representando um incremento de mais de 16 mil doadores em relação ao mesmo período do ano anterior. Em 2023, o REDOME viabilizou 369 transplantes com doadores não aparentados no Brasil e o envio de 100 produtos de doadores brasileiros para o exterior. Até novembro de 2024, 431 coletas de células-tronco de medula óssea foram disponibilizadas para transplante, 33 a mais que em todo o ano de 2023, representando um crescimento de 8%.
Mobilização nacional para salvar vidas
A causa é tão importante no país que em dezembro o Brasil celebra a Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea, instituída pela Lei nº 11.930, de 22 de abril de 2009. A iniciativa tem o objetivo de conscientizar a população sobre a importância da doação. O transplante de medula óssea no Brasil já salvou celebridades como Reynaldo Gianecchini, Drica Moraes e Claudia Rodrigues. Gianecchini, que enfrentou um linfoma não Hodgkin, desde então, utiliza sua visibilidade para promover a causa, incentivando mais pessoas a se cadastrarem como doadores.
Seja uma doador, não custa nada!
Tornar-se um doador é um ato de solidariedade que salva vidas. O Ministério da Saúde ressalta que “a doação de medula óssea é um gesto de amor ao próximo e pode ser a única esperança de cura para muitos pacientes”. O processo de cadastro é simples e pode ser realizado em hemocentros espalhados pelo país. Dessa forma, ao se cadastrar, você aumenta as chances de compatibilidade para pacientes que aguardam por um transplante. Ou seja, oferece a eles uma nova oportunidade de vida.
A participação de cada cidadão amplia o número de doadores e, igualmente, as possibilidades de tratamento para milhares de pessoas. Por fim, informar-se e engajar-se nessa causa é um passo importante para transformar realidades e proporcionar esperança a quem precisa.