“Você precisa se mexer.” Essa frase, que tantas vezes soa como cobrança, talvez seja, na verdade, um convite. Um convite para cuidar do corpo, claro. Mas, principalmente, da mente. Porque sim — exercício físico e cérebro formam uma dupla poderosa. E quem pratica atividade física regularmente está, sem saber, criando uma blindagem natural contra o desgaste do tempo.
Cada passada na esteira, pedalada na rua ou alongamento no tapetinho é também um ato de proteção cerebral. Segundo o Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde (OMS), mover-se diariamente ajuda a prevenir doenças como Alzheimer e Parkinson, melhora a memória, a concentração e até a criatividade. Além disso, o exercício reduz o estresse, melhora o humor e ajuda a regular o sono — todos fatores diretamente ligados à saúde do cérebro.
Aliás, você sabia que o cérebro também “malha”? Toda vez que fazemos uma caminhada ou subimos uma escada, há um aumento do fluxo sanguíneo cerebral. Isso significa mais oxigênio e nutrientes chegando aos neurônios — o que favorece conexões mais eficientes e melhora da função cognitiva.
Para quem está se perguntando qual o melhor tipo de exercício físico para o cérebro, a ciência responde: todos ajudam, mas os aeróbicos ganham destaque. Caminhada rápida, corrida, natação e dança são alguns exemplos. Eles aumentam a liberação de substâncias como dopamina e serotonina, os famosos neurotransmissores do bem-estar.
Exercício físico na menopausa: um aliado inesperado
Durante a menopausa, o corpo da mulher passa por uma verdadeira revolução hormonal. Calores, insônia, irritabilidade e esquecimento são sintomas comuns. Mas, felizmente, o exercício físico e o cérebro continuam aliados fiéis também nessa fase.
Estudos indicam que mulheres ativas têm menos sintomas intensos na menopausa e conseguem manter o foco e a memória em dia. Além disso, os treinos ajudam a prevenir a perda de massa óssea, controlar o peso e ainda aliviam a ansiedade, que pode aumentar com as flutuações hormonais.
Portanto, se você está nesse momento de vida, saiba: o movimento pode ser seu porto seguro.
Conclusão? Mexa-se. Por você, pelo seu corpo e, principalmente, pela sua mente. Não é sobre correr maratonas ou virar atleta — é sobre cuidar do seu cérebro como você cuida de quem ama. E, cá entre nós, se amar também é um ato de resistência.