A dermatite atópica é uma doença inflamatória da pele, caracterizada por coceira intensa e ressecamento. Geralmente, ela surge na infância e, em muitos casos, pode persistir na vida adulta. Além disso, segundo o Ministério da Saúde, entre 10% e 20% das crianças desenvolvem essa condição, que resulta da interação entre fatores genéticos, imunológicos e ambientais. Diante disso, o dermatologista Marco Antonio Boaventura explica mais sobre a doença e, ao mesmo tempo, compartilha dicas importantes para aliviar seus sintomas.
O que causa a dermatite atópica e quais são seus sintomas?
A dermatite atópica é diagnosticada clinicamente e, geralmente, aparece antes dos dois anos de idade. Históricos familiares podem aumentar a predisposição para desenvolver a doença. Além da coceira intensa e ressecamento, podem surgir lesões avermelhadas e descamação da pele.
Quais os tratamentos e novas terapias para dermatite atópica?
Embora não exista cura para a condição, é possível controlá-la com os cuidados adequados. Além disso, além das opções tradicionais, como hidratação intensa e medicamentos tópicos, os tratamentos imunobiológicos surgem como uma alternativa eficaz para casos mais graves. Nesse sentido, essas novas medicações agem diretamente nos mediadores inflamatórios, o que proporciona maior eficácia, especialmente em situações que não respondem bem aos tratamentos convencionais.
Quais os fatores que agravam a doença?
Diversos fatores podem piorar a dermatite atópica, incluindo baixa umidade do ar, temperaturas extremas, poluição e exposição a produtos de combustão. Além disso, substâncias irritantes, como produtos de limpeza e materiais de construção, podem desencadear crises. O suor excessivo e ácaros também estão entre os principais agravantes da condição.
Como evitar as crises e proteger a pele?
Para minimizar os sintomas da dermatite atópica, é essencial adotar hábitos que preservem a hidratação e a saúde da pele. Algumas medidas eficazes incluem:
- Tomar banhos mornos e usar sabonetes suaves;
- Aplicar hidratante logo após o banho;
- Optar por roupas leves e confortáveis, evitando tecidos sintéticos;
- Manter as unhas curtas para evitar ferimentos causados pela coceira;
- Evitar contato com substâncias irritantes, como detergentes, cosméticos e álcool.
Qual a relação entre dermatite atópica e alimentação?
A relação entre dermatite atópica e alergia alimentar é um ponto de atenção. Sendo assim, em alguns casos, determinados alimentos podem agravar a doença. No entanto, antes de realizar qualquer restrição alimentar, é essencial consultar um médico para avaliar a necessidade de ajustes na dieta.
Quando procurar um médico?
Se os sintomas impactarem o sono ou as atividades diárias, ou se houver crises frequentes e sinais de infecção, como pus e crostas amareladas, busque um dermatologista ou alergologista. O acompanhamento profissional garante um tratamento adequado para manter a qualidade de vida e o bem-estar dos pacientes.