Adultas e embrionárias: as células-tronco estão divididas entre dois grandes grupos. Cientistas investigam amplamente as células-tronco devido ao grande potencial terapêutico de cada tipo em diversas áreas da saúde. Conhecer as diferenças entre elas, suas aplicações e os processos de coleta é fundamental para entender os avanços e desafios da medicina regenerativa, especialmente no Brasil. Além disso, pode ajudar a tomar decisões importantes, como, por exemplo, coletar e armazenar as suas células.
Quem é quem entre as células-tronco adultas e embrionárias?
As células-tronco do cordão umbilical e as mesenquimais são células adultas. Essas últimas, estão presentes em tecidos como a medula óssea, o tecido adiposo, polpa dentária (dente de leite e siso) e periósteo do palato, mais conhecido como céu da boca. Na região, existe uma membrana de tecido conectivo que reveste exteriormente os ossos e da qual podem formar-se elementos ósseos. Já está comprovado que esse tipo de células auxilia no reparo e regeneração dos tecidos. Além disso, a coleta não causa preocupações éticas, ao contrário das embrionárias.
As células-tronco embrionárias provêm de embriões em estágio inicial, com capacidade para se diferenciar em qualquer tipo de célula do corpo. Entretanto, sua obtenção exige a destruição do embrião, o que gera controvérsias éticas. Apesar disso, esses estudos continuam sendo fundamentais para o avanço do conhecimento sobre o desenvolvimento humano.
Aplicações práticas das células-tronco
As células do cordão umbilical são classificadas como células-tronco adultas, embora apresentem características distintas das células-tronco encontradas em outros tecidos do corpo humano. Elas são coletadas do sangue do cordão e do tecido umbilical logo após o nascimento e, posteriormente, armazenadas para uso terapêutico futuro.
Por outro lado, as células-tronco mesenquimais (CTMs) têm atraído a atenção da medicina regenerativa devido ao seu grande potencial no tratamento de diversas condições associadas ao envelhecimento. Elas têm a capacidade de se diferenciar em uma variedade de tipos celulares, incluindo células ósseas, cartilaginosas, adiposas e musculares. Ainda contam com propriedades imunomoduladoras, o que significa que podem promover a resposta imunológica do corpo; liberam proteínas e outras moléculas que auxiliam na redução da inflamação e na reparação de tecidos danificados. Os profissionais podem isolar e cultivar essas células em laboratório, utilizando-as em terapias autólogas.
Atualmente, o Brasil avança em pesquisas com CTMs. Em contraste, países como Estados Unidos, Japão e Alemanha aplicam essas terapias em tratamentos clínicos, com alguns protocolos já aprovados. Contudo, para garantir a segurança do uso das CTMs, protocolos científicos rigorosos e acompanhamento médico contínuo são impostos.